domingo, outubro 24, 2010

Crítica ao Espectáculo "Bodas de Sangue" no AMAC

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«As Bodas de Sangue» da Universidade da Terceira Idade do Barreiro
Por Manuela Fonseca
«As Bodas de Sangue» da Universidade da Terceira Idade do Barreiro<br>
Por Manuela FonsecaTive o gosto de assistir, no Auditório Municipal Augusto Cabrita, a uma representação, em celebração oferecida pela Equipa A de Teatro da Universidade da Terceira Idade do Barreiro, sob a mestria e encenação de Luciano Barata.

As palmas, espontâneas, durante a função teatral e a longa emoção final dos espectadores são, certamente, o melhor sinal da empatia entre eles e os artífices de uma interpretação de “As Bodas de Sangue” que fica na História de uma Cidade, o Barreiro, incansável na pesquisa da Beleza.
(Ao Manuel Alpalhão)

Lorca é um dos criadores que mais admiro – a sua produção, multifacetada e da mais elevada qualidade, coloca-o entre os maiores artistas ibéricos, ele que uniu, com génio e simplicidade, se estas palavras ainda têm significado positivo, manifestações de cultura erudita e popular.

(O assassínio de Lorca pelos franquistas leva-me a um sentimento de tristeza: por ele e por todos os que a sempre insaciável brutalidade – doméstica, vicinal, de rua, ditatorial, económica – rouba à dignidade, à vida.)

Estudei, na Universidade, alguma da poesia que nos legou. Fi-lo num dos últimos anos de Filologia Românica, na disciplina de Literatura Espanhola: a Doutora Maria Idalina Resina Rodrigues transmitiu-a, com sabedoria, afecto e interesse, ao pequeno e interessado grupo de alunos a que pertenci.

Continuo em Lorca mas não era, há muito, espectadora do talvez mais belo tecido dramático que nos legou, “As Bodas de Sangue”, apenas feito teatro no e pelo palco. A expectativa de um deslumbramento proporcionado por esse exercício era um dos meus alimentos.
Que aconteceu por um destes dias.

Tive o gosto de assistir, no Auditório Municipal Augusto Cabrita, a uma representação, em celebração oferecida pela Equipa A de Teatro da Universidade da Terceira Idade do Barreiro, sob a mestria e encenação de Luciano Barata.

Confesso-vos que me questionava um pouco antes do início da figuração:
– Que ritmo imprimiria Luciano Barata aos intervenientes, feitos actores e actores sociais do Mês Sénior, para não os esgotar fisicamente?
– Qual a motivação do público para fruir do clímax da peça?

(Recordava-me do primeiro encontro com este meu colega, há quase duas décadas, quando coordenou um projecto da Câmara Municipal do Barreiro, ligado à educação estética de crianças, em “Oficina de Expressão Dramática”, Elita Barreto como colaboradora dedicada.

Tal acção foi vivida, entre outros miúdos, pelos meus filhos que nela terão bebido boa parte do interesse pelo Teatro, que, desde então, os acompanha.)

A resposta chegou, numa poética que harmonizou personagens, vozes, sons, cores, movimentos – espectacular a “Coreografia das Toalhas”, executada pela Equipa de Dança da professora Risete Dias – e tornou intemporal a peça, numa leitura inteligente de Luciano Barata.
Como ele soube trabalhar a realidade outra que é o Teatro até à entrega de intérpretes e público ao desenlace trágico que enlevou a sala, tornada Andaluzia vivida, sofrida e perene!

As palmas, espontâneas, durante a função teatral e a longa emoção final dos espectadores são, certamente, o melhor sinal da empatia entre eles e os artífices de uma interpretação de “As Bodas de Sangue” que fica na História de uma Cidade, o Barreiro, incansável na pesquisa da Beleza.

Manuela Fonseca *
* Colunista do Jornal Rostos

sexta-feira, outubro 15, 2010

A "Birra do Morto" CONTINUA!


Últimos espectáculos da "Birra":

19 Outubro 15h - Futebol C.Quinta da Lomba / Santo André
23 Outubro  21.30 - SIRB "Os Penicheiros"/ Barreiro
28 Outubro 15h - Auditório José M. Figueiredo / Bx Banheira




quarta-feira, outubro 06, 2010

"Bodas" de Garcia Lorca



Espectáculos a realizar das "Bodas de Sangue"

SFAL / Lavradio, dia 7 Outubro 15 horas
AMAC / Auditório M. Augusto Cabrita, dia 14 Outubro 15 horas