Não deixes de ver a nova produção do Projéctor-Teatro em Estreia no dia 5 de Dezembro pelas 15.30 horas na SDUB "Os Franceses" e com outros espectáculos nos dias 22 e 23 de Dezembro também 15.30 horas e dia 3 de Janeiro pelas 11.00H
Espectáculos de Teatro"O BAILE"nos próximos dias: Sábado 27 e Domingo 28 deOutubroambos às21.30 horasnos "FRANCESES" (Junto à Igreja de Santa Cruz) no Barreiro.
Embora tivessemos iniciado as aulas a 6 de Novembro de 2006, só a partir de Janeiro de 2007 é que comecei a falar em pormenor com a turma, na possibilidade de construirmos um espectáculo com estas características. Todos os dias olhava para algumas etapas do programa que tinha apresentado à Coordenação da Universidade, e a eles próprios, e encontrava sempre o mesmo desafio:
Estatégia e Objectivos 2006/2007
Construir um “grupo” dinâmico, coeso, com consciência colectiva, fruto de uma relação assente na amizade, no respeito mútuo, na confiança e na cooperação entre todos.•
Discussão e escolha de um texto (peça) teatral, o qual será objecto de trabalho permanente e que será representado no final do ano lectivo em curso.
Então porque não construir um espectáculo onde a nossa memória fizesse parte integrante de todo o processo? Convidei-os a relembrar através da dança, do canto e do teatro, vários acontecimentos importantes que marcaram um período, ainda recente, da nossa História. A turma reagiu, enfrentou discussões e disseram presente, quando fiz a chamada. Mas do encanto inicial a um certo cepticismo, numa fase posterior, foi um pulo. Obviamente que não tem sido fácil. De início chegaram a ser mais de 30 alunos. Depois por diversos motivos ficaram apenas 22. Mas como só fazia falta quem estava... o trabalho avançou. Então, despretensiosamente, brincámos com alguns episódios que se viviam nos bailes das colectividades nos anos 60. Parodiando o “alto e pára o baile que estão a apertar a minha filha”; o cravanço; o damas ao buffet; o concurso das misses; o leilão do manjerico, dos Santos Populares; o desapertar, quando as raparigas dançavam entre si; as cantigas; as discussões; etc. Mas a nossa memória não podia esquecer, também, o País cinzento e cruel que nos amordaçava e empurrava para uma guerra colonial indesejada e, onde uma polícia política nos violentava, tanto o corpo, como até os nossos próprios sonhos. Assim com muito trabalho chegámos a este espectáculo. Ele aí está, para dar prazer a quem o interpreta e porque não, também, a quem a ele assistir. Este Baile fará, sempre, parte do Processo da Memória Colectiva que se pretende vivo. E acima de tudo a nossa memória também nos diz, que é proíbido não ter memória!
Porque depois da fome e da guerra, da prisão e da tortura vimos abrir-se a nossa terra como um cravo de ternura! Luciano Barata
Novo apontamento teatral da turma de teatro da Universidade da 3ª idade. Desta vez a interpretação esteve a cargo de: Luis Vieira; Risete Dias; Manuel Graça; Deolinda Prates; Judite Nobre;Luisa Figueira;Celeste Palma e Justino Correia.